segunda-feira, 18 de novembro de 2013

TELHADO CINZA DE PRÉDIO VIRA SOLÁRIO COM CHUVEIRÃO E PLANTAS

O telhado deste apartamento do último andar de um prédio em São Paulo estava abandonado. Após uma infiltração, a laje se transformou numa aconchegante área de lazer.

O telhado de fibrocimento não cumpria mais a função de proteger contra a chuva: o teto do cômodo logo abaixo já dava mostra de infiltração. A arquiteta e moradora Josanda Ferreira resolveu radicalizar: “Tiramos as telhas, fizemos o contrapiso e impermeabilizamos”, conta. Mais que solucionar o problema de umidade, a obra, executada um ano atrás, permitiu que seu apartamento, no último andar, finalmente usufruísse da área aberta de 40 m² a que tem direito. Pelas normas da prefeitura, Josanda só não podia cobrir nenhuma parte do terraço, o que aumentaria a metragem construída. Do ponto de vista da segurança, também havia sinal verde: um engenheiro atestou que as mudanças pretendidas (colocação de deCK de madeira, móveis, vasos e chuveirão) não requeriam reforço estrutural. Agora, uma escada, vinda da sala de TV, dá acesso ao novo ambiente, feito para receber e – por que não? – impressionar as visitas.


O terraço possui um trecho 30 cm mais elevado, resultado de uma modificação estrutural: uma viga que cortava o teto do ambiente inferior foi invertida, passando a se projetar acima da laje. “A intenção foi liberar o pé-direito da sala de TV, embaixo, para que ela ganhasse espaço visualmente”, explica a arquiteta Josanda Ferreira. Com isso, a arquiteta criou uma plataforma que oculta a viga e atua como solário. Já existente, o ponto de energia elétrica alimenta as lâmpadas das cinco arandelas.


Foi necessário impermeabilizar a superfície inteira antes de instalar os deques de madeira. Como orienta o serviço de atendimento ao consumidor da Viapol, “lajes externas sofrem variações térmicas e, por isso, se movimentam. Logo, pedem membrana ou manta asfáltica, sistemas que têm flexibilidade e elasticidade para acompanhar suas movimentações”. Sem essas características, os impermeabilizantes de base cimentícia são desaconselhados em uma situação como essa. Projeto de Josanda Ferreira.


O contrapiso cai levemente em direção ao vaso com a palmeira, sob o qual existe um ralo. Assim, o escoamento da água ocorre por gravidade, abaixo do deque. Todo contrapiso impermeabilizado exige a chamada proteção mecânica, que impede o desgaste por atrito. Aqui, o acabamento de madeira cumpre à perfeição essa tarefa e ainda absorve parte do calor que chegaria à laje. A espécie escolhida foi o cumaru, resistente a fungos, sol e chuva. O deque combina uma área com tábuas e outras duas com módulos quadriculados. Projeto de Josanda Ferreira.


Se fosse para ter uma piscina, ela seria muito pequena e teria pouco uso, por isso Josanda preferiu um chuveirão. Quando o clima esquenta, ele vira a vedete do local. O ponto de água foi puxado da torneira da churrasqueira, no andar inferior. Faixas de porcelanato cobrem o piso e a parede da área. Completam o clima aconchegante os muitos vasos e floreiras que abrigam plantas variadas, como a Phoenix roebelenii, conhecida como palmeira-fênix ou tamareira-de-jardim. De pleno sol, ela se adapta perfeitamente em varandas e locais abertos em geral e pode chegar a 3 m de altura.

Fonte: casa.abril.com.br

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